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A batalha naval de Diu teve lugar a 3 de fevereiro de 1509, nas águas próximas a Diu, na Índia. Nela se confrontaram forças navais do Império Português e uma frota conjunta do Sultanato Burji do Egipto (de natureza mameluco), do Império Otomano, do Samorim de Calecute, e do Sultão de Guzerate. E teve como desfecho uma clara vitória portuguesa, que ficou a dever-se ao maior poder de fogo da sua artilharia e à melhor preparação dos seus soldados.
Embora a batalha se tenha revestido de um caráter de vingança pessoal para Francisco de Almeida, vice-rei da Índia, que perdera o seu filho D. Lourenço no desastre de Chaul, em 1508, o efeito psicológico desta vitória foi aniquilador, pois mostrava aos indianos que a marinha portuguesa não era só invencível para eles mas também para os muçulmanos e venezianos cuja aliança, até então, havia controlado o comércio oceânico.
Foi uma batalha de aniquilamento semelhante às batalha de Lepanto (1571), do Nilo (1798), de Trafalgar (1805) e de Tsushima (1905) e em termos de impacto, esta batalha assinalou o início do domínio europeu dos mares do Oriente, que haveria de durar até à Segunda Guerra Mundial. Como consequência, o poder muçulmano na Índia foi seriamente abalado, permitindo a que as forças Portuguesas, após esta batalha conquistassem rapidamente os portos e localidades costeiras nas margens do Índico, como por exemplo Mombaça, Mascate, Ormuz, Goa, Colombo e Malaca.
O monopólio português no Índico duraria até à chegada dos Ingleses (Companhia Britânica das Índias Orientais) afirmada na batalha de Swally, perto de Surate, em 1612.